Os gibis, como linguagem visual de características lúdicas, são bons instrumentos para a alfabetização, reconhecem os especialistas da área.

As Histórias em Quadrinhos (HQs) tem sido de grande eficácia nas aulas de alfabetização. Como unem palavra e imagem, tornam mais fácil o aprendizado e ainda despertam o interesse pela leitura. Com esta ideia, o quadrinista Cleiton Patric Danielli, estudante do 1º ano de Ensino Médio, da Escola Dom Orlando Dotti, de Caçador, desenvolveu o projeto Aprendendo com Quadrinhos. O trabalho está sendo apresentado  na 9ª edição da Feira de Ciências e Tecnologia, que acontece até quinta-feira, 9, no Complexo Esportivo do IEE.

Auxiliado pela colega Hemilly Prevedo, sob a orientação da professora Virgínia Maria Nunes, a proposta foi abordar os conteúdos das disciplinas de Língua Portuguesa, Comunicação, Artes, História e Geografia. Está dentre os 83 projetos que se destacaram nas Feiras Regionais no Estado.

Danielli, apesar da pouca idade, já está no mercado de trabalho. Divulga seus quadrinhos e charges nos jornais de Caçador e está produzindo um livro que conta a história do Japão, inspirado pela coleção de mangás, que tem em casa. Também foi influenciado por autores como Claudio Setto, Mauricio de Souza e Akira Toriyama (japonês).            

Na mostra, o aluno está expondo a história do Cavernoso, um caçador da pré-história, que passa pelas descobertas do fogo, da roda e de outras criações da antiguidade, tudo de forma lúdica e humorística. No final, O Cavernoso acaba não conseguindo a caça e se torna vegetariano, dependendo, inclusive, dos frutos plantados pela mulher, caracterizando assim o período matriarcado, no final da história. De acordo com a professora Virgínia, os HQs ainda podem ser utilizados como forma de comunicação e expressão da cultura regional, imporatantes para a preservação dos costumes e linguagens locais. 

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