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Debater a Educação do Campo em Santa Catarina e analisar como o tema é aplicado no ensino público foi o objetivo do encontro realizado ontem (14), entre a equipe de Educação Básica e Profissional da Secretaria de Estado da Educação (SED), o diretor geral, Eduardo Deschamps, e o consultor do Ministério da Educação (MEC), Anderson Pena.

"O perfil da juventude do campo hoje nos leva a concluir que quanto maior é a escolaridade e maior a formação sobre temas ligados ao campo, maior é a perspectiva de permanência do estudante nas áreas rurais", afirma Pena.

Em Santa Catarina, a Pedagogia da Alternância é praticada por meio das Casas Familiares Rurais (CFR) e Casas Familiares do Mar, onde os jovens participantes podem ter uma formação integral adequada a sua realidade, permitindo atuar no futuro como um profissional no meio rural ou pesqueiro.

Segundo Maria das Graças Lockes, responsável técnica pelas Casas Familiares de Ensino Fundamental na Educação de Jovens e Adultos (EJA) da SED, SC hoje possui 19 CFRs e duas Casas Familiares do Mar.

Os jovens passam uma semana vivendo e estudando técnicas na Casa Familiar e duas semanas em sua propriedade praticando aquilo que aprenderam, explica Lockes.

"As técnicas desempenhadas nessas Casas são muito qualificadas; em 2002 alunos da Casa Familiar do Mar de São Francisco do Sul conquistaram um prêmio na França pelos projetos realizados", afirma a técnica.

A Educação do Campo no estado é estendida também às escolas que possuem o Ensino Médio Integrado (EMI), no qual é possível oferecer cursos técnicos nas áreas de gestão da propriedade rural, agroecologia, agropecuária e agricultura.

Para a diretora de Educação Básica e Profissional da SED, Gilda Mara Penha, "é muito importante que pesquisas e análises sejam feitas na área de educação do campo no estado, pois assim é possível evitar a evasão rural e otimizar o aproveitamento dos estudantes rurais".