A Base Nacional Comum Curricular (BNC) vai deixar claro os conhecimentos essenciais aos quais todos os estudantes brasileiros têm o direito de ter acesso e se apropriar durante sua trajetória na educação básica
Nesta sexta-feira, 04, às 10 horas, o secretário da Educação, Eduardo Deschamps, recebeu, no auditório da Secretaria, representantes de entidades públicas e privadas de Santa Catarina, com o objetivo de discutir construção de uma Base Curricular Comum para a educação básica. No encontro foi formada uma comissão estadual com a representação de 21 instituições educacionais a fim de mobilizar a sociedade sobre a importância do tema. As contribuições estaduais serão inseridas no portal basenacionalcomum.mec.gov.br
Participaram dos debates, representantes dos Conselhos Estadual e Municipais de Educação, das secretarias municipais, movimentos sociais, sindicatos, Gerências Regionais de Educação e de instituições de educação superior voltadas às licenciaturas.
Em sua fala, o secretário da Educação, Eduardo Deschamps, ressaltou a necessidade de discutir estratégias e ações que já estão sendo desencadeadas em conjunto com o Conselho Nacional de Secretários Estaduais da Educação (Consed) e União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Segundo Deschamps, ao olhar as experiências internacionais, especialmente de países como a Coréia, a Finlândia e o Canadá, percebe-se que são três as condições fundamentais para obter bons resultados na educação. Em primeiro lugar está o professor, motivado, inspirado e conectado com os objetivos do processo ensino-aprendizagem; em seguida, uma boa gestão, para criar um ambiente positivo de aprendizagem na escola; e, em último lugar, um currículo organizado, estruturado e consistente, que possa servir de guia à sociedade e aos educadores.
O secretário destaca ainda que o Brasil avançou ao longo dos últimos anos, rompendo com propostas divergentes, que iam de um currículo completamente aberto a um currículo fechado, sem autonomia à escola e ao professor. “Chegou a hora de unificarmos um pouco esse discurso, estabelecendo um eixo que faça a conexão para que estados e municípios tenham uma condução. Por isso a importância em se engajar no Movimento Base Nacional Comum (BNCe)”, reforça.
Para o diretor de Educação Superior da Secretaria, Gilberto Agnolin, a Base Comum não substitui os currículos estaduais, considerando a autonomia das unidades federativas. “Todavia, vai pela primeira vez inverter o processo de avaliação no País, pois hoje quem pauta o currículo das escolas é o Sistema de Avaliação Nacional e, agora, quem pautará esse sistema e o currículo é a Base Nacional Comum.
A coordenadora estadual da Base Comum, Maike Ricci, destacou que a partir das discussões nas escolas serão realizados seminários regionais e debates, que culminarão num seminário estadual para sistematizar todas as contribuições do Estado. “É importante que a reflexão sobre o documento preliminar do MEC leve em consideração as Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação básica e a Proposta Curricular de Santa Catarina, que já tem uma caminhada de 25 anos sobre o currículo escolar catarinense”, informa. Acrescentou ainda que todas as contribuições serão inseridas no sistema do portal basenacionalcomum.mec.gov.br.
Webconferência
Dia 09 de setembro, por meio de uma webconferência, serão ainda formadas comissões regionais, envolvendo as secretarias municipais de educação, as Gerências Regionais e demais instituições de Educação superior, voltadas às licenciaturas.
MEC
O documento preliminar do Ministério da Educação (MEC) será lançado dia 16 de setembro pelo Ministro Renato Janine Ribeiro, para que todos os educadores do País possam contribuir com sugestões e críticas até que se componha o documento final. O MEC vai realizar também a Semana Nacional de Mobilização pela Base Nacional Comum e o Dia Nacional de Discussão da Base Nacional Comum na Escola, onde todas as escolas do País irão trabalhar sobre este documento para debaterem e contribuírem. |