Maior evento Sul brasileiro de Educação reúne 1,5 mil pessoas no Centrosul
Começou nesta quinta-feira, no Centrosul, em Florianópolis, a 11ª edição do EDUCASUL. O maior evento Sul Brasileiro de Educação, reuniu aproximadamente 1,5 mil participantes, entre eles gestores, professores e demais profissionais do setor educacional. Este ano o tema central das discussões é a Base Nacional Comum, um dos assuntos mais complexos já discutidos no país e que deverá ser enviado até julho de 2016 para o Conselho Nacional de Educação (CNE). Este currículo deverá orientar todas as escolas brasileiras de educação básica. O texto entrará para consulta pública no próximo dia 16 de setembro.
Em Santa Catarina já existe uma grande mobilização neste sentido e as discussões do Educasul terão grande relevância neste processo na opinião do Secretário de Educação de Santa Catarina, Eduardo Deschamps, que participou da abertura do evento. “É preciso deixar claro que a base não significa currículo e sim parte dele. A Base Nacional Comum será um eixo condutor daquilo que imaginamos ser essencial no ensino de Norte a Sul do Brasil”, afirma o Secretário. Segundo ele o princípio é gerar uma identidade nacional, garantindo que todas as crianças e jovens tenham o direito de aprender aquilo que foi definido nesta base e alcançar resultados importantes e semelhantes ao final de cada processo. “A base vai influenciar na organização da escola, no processo pedagógico, na formação dos professores e na avaliação”, completa.
Amanhã, acontece um dos momentos mais esperados do evento, a participação do Ministério da Educação (MEC), responsável pela coordenação da Base Nacional Comum, com a presença do Coordenador Geral de Ensino Médio, Prof. Ricardo Magalhães.
SAIBA MAIS
O que diz a legislação?
Tanto a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica, de 1996, quanto o Plano Nacional de Educação, de 2014, quanto o documento final da CONAE 2014 indicam que o governo federal estabeleça uma base nacional comum para a educação básica. A legislação abrange escolas públicas e privadas.
Como funciona hoje?
Estados e municípios são responsáveis pela elaboração das referências curriculares que serão usadas para subsidiar a construção dos currículos nas escolas públicas. Na rede privada, cada escola determina as expectativas de aprendizagem com base em livros didáticos e material apostilado.
Qual a proposta do governo?
A partir de 2016, todas as escolas do país, públicas e privadas, terão como referência curricular uma base comum, com direitos e objetivos de aprendizagem para a educação básica. Segundo o MEC, caberá às escolas escolherem a linha pedagógica e a metodologia de ensino.
A Base Nacional Comum da Educação
Estão envolvidos na construção da proposta preliminar da Base Nacional Comum, que irá à consulta pública à partir de 16 de setembro, 116 especialistas, divididos em 29 comissões de quatro integrantes cada, representantes das Secretarias de Educação, Universidades e prof. de educação básica, contemplando todos os estados. Com o objetivo de democratizar a discussão acerca da BNC, O Ministério da Educação tem organizado e participado de reuniões e eventos com o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed); a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); Associações Científicas, Universidades, o Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais de Educação (FNCEE); a União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação (UNCME); a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e o Fórum Nacional de Educação (FNE) entre outras entidades que atuam na discussão e implementação de políticas educacionais brasileiras.
Portal
basenacionalcomum.mec.gov.b |