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Escolas catarinenses valorizam a cultura afro no Mês da Consciência Negra PDF Imprimir E-mail
Por Thiago Marthendal - Ascom   
Qui, 19 de Novembro de 2015 16:18

viver sem preconceito peqO mês de novembro é marcado nacionalmente por uma série de atividades que comemoram e destacam o Dia da Consciência Negra. E Santa Catarina não fica de fora desta importante celebração.

Este dia de homenagem foi estabelecido em 2011 em memória da morte, em 1695, de Zumbi dos Palmares. Zumbi foi a liderança mais conhecida do chamado Quilombo dos Palmares, que se localizava na Serra da Barriga, atual Estado de Alagoas. A fama e o símbolo de resistência e força contra a escravidão, mostrados pelos habitantes do Quilombo, fizeram com que a data da morte de seu líder fosse escolhida pelo movimento negro brasileiro para representar o Dia da Consciência Negra. A data foi estabelecida pela Lei 12.519/2011.

Outra data importante, o 13 de maio em que foi sancionada a Lei Áurea, por sua vez não recebe o mesmo tipo de atenção do movimento negro. A razão disto é que naquele momento de conquistada da liberdade, surgiram outros problemas sociais e de inclusão os quais foram ignorados pela sociedade responsável.

Uma das representantes da SED no Conselho Estadual das Populações Afrodescendentes (Cepa), Maria Benedita da Silva Prim, comenta que a escolha do dia 20 de novembro serviu, dessa forma, para manter viva a lembrança de que o fim da escravidão foi conquistado pelos próprios escravizados, que em nenhum momento durante o período colonial e imperial deixaram de lutar. “Até o dia de hoje continuamos defendendo e estabelecendo direitos e conquistas sociais”, destacou.

O diretor de Educação Superior da SED, Gilberto Agnolin, também destacou a importância da data. “O mês da consciência negra e as comemorações alusivas ao 20 de Novembro são importantes, pois servem como um momento de conscientização, sensibilização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira”.

Atividades escolares

Nas escolas estaduais, além da inclusão da história e cultura Afro-brasileira no currículo e planejamento escolar, o Dia da Consciência Negra é trabalhado ao longo de todo o mês de novembro com séries de atividades realizadas por professores e diretores em diversos locais do Estado.

11214256 1064576023555560 5930221438000478697 n peqNeste ano, entre vários destaques, está o Primeiro Seminário Africanidades Brasileiras realizado na EEB Aderbal Ramos da Silva, em Florianópolis. O encontro, organizado pela professora Maria Aparecida Moreira em conjunto com o grupo Toque de Melanina, trouxeum seminário com diversas oficinas de debate e apresentações sobre a cultura africana e seus povos ao longo de três dias, além de uma sessão de teatro sobre o tema realizada pelo grupo.   

Segundo a professora, que também faz parte do grupo, o seminário pretendeu atingir não somente a comunidade escolar local, mas abrir um espaço para que membros de outras escolas pudessem entender e combater o racismo. “O grupo Toque de Melanina, formado principalmente por alunos e professores da EEB Aderbal Ramos da Silva, vem realizando há anos um trabalho de inclusão e reconhecimento da cultura afro no País. Agora com o apoio da Gered, podemos realizar esse encontro e receber representantes de outras escolas”.

Outros projetos que também se destacaram foram a Primeira Semana da Africanidade Brasileira, realizada na EEB Laércio Caldeira de Andrada, e o projeto Viver sem Preconceito, da EEB Professora Valdete Luci Martins Porto, ambas de São José.

láercio caldeira de adrada peqNo trabalho da EEB Laércio Caldeira de Andrada foi realizada uma série de apresentações danças, músicas, filmes, palestras, trabalhos plásticos e contações de histórias, que se estenderam ao longo de toda a semana dando visibilidade à história e à cultura Afro-brasileira.

Na EEB Professora Valdete Luci Martins Porto o projeto Viver sem Preconceito trouxe, além das apresentações, uma série de concursos como o de redação e de beleza negra, contando também com a produção de cartazes e a valorização da identidade afro na cultura nacional e estadual.

 

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